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À PF, Freire Gomes afirma que recebeu 2 versões de minuta golpista e diz que Bolsonaro sabia que não havia fraude nas urnas

O ministro do STF - Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes retirou, nesta sexta-feira (15), o sigilo dos depoimentos de militares e políticos à Polícia Federal sobre uma tentativa de golpe de Estado. Um deles é o do então comandante do Exército no governo Jair Bolsonaro, Freire Gomes. O general disse que Bolsonaro tratou de minutas golpistas durante reuniões com a cúpula militar. Freire Gomes afirmou ainda que se recusou a participar de uma tentativa de golpe e que Bolsonaro sabia que não havia irregularidades nas urnas eletrônicas. O general Marco Antônio Freire Gomes falou à Polícia Federal no dia 1º de março como testemunha. Comandante do Exército entre março e dezembro de 2022, ele deu detalhes de encontros realizados após o segundo turno das eleições daquele ano do então presidente Jair Bolsonaro com a cúpula das Forças Armadas para discutir a possibilidade de um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Lula. Indagado se o então presidente Jair Bolsonaro tinha ciência que a Comissão de Fiscalização Eleitoral não tinha identificado nenhuma fraude nas eleições de 2022, respondeu que sim. Sobre os acampamentos em frente a quarteis do Exército, o ex-comandante da Força afirmou que não retirou os manifestantes "porque nunca houve uma ordem judicial para a remoção das manifestações". E diante das perguntas dos policiais, o general Freire Gomes disse que se recorda de ter participado de reuniões no Palácio da Alvorada após o segundo turno das eleições, em que o então presidente da República Jair Bolsonaro apresentou hipóteses de utilização de institutos jurídicos - como GLO (a Garantia da Lei e da Ordem), Estado de Defesa e Estado de Sítio - em relação ao processo eleitoral. Estas são medidas extremas, que só podem ser usadas pelo presidente da República em caso de forte ruptura da ordem ou da democracia. O que não havia, porque todas as entidades fiscalizadoras comprovaram a lisura das eleições. Perguntado sobre sua postura nessas reuniões, Freire Gomes disse que sempre deixou evidenciado ao então presidente da República, Jair Bolsonaro, que o Exército não participaria na implementação desses institutos jurídicos, visando reverter o processo eleitoral. Freire Gomes contou que primeiro foi convocado pelo então ministro da Defesa, o também general Paulo Sérgio Nogueira, para uma primeira reunião no Palácio da Alvorada no dia 7 de dezembro de 2022. Segundo ele, lá também estavam o então comandante da Marinha, Almir Garnier Santos, e o ex-assessor de Assuntos Internacionais de Bolsonaro, Filipe Martins. Segundo o ex-comandante do Exército, em uma segunda reunião com Jair Bolsonaro, que contou com a presença dele, do almirante Almir Garnier e do então comandante da Aeronáutica, brigadeiro Carlos de Almeida Batista Júnior, foi apresentada uma nova versão da minuta: um documento que previa a decretação do Estado de Defesa e a criação de uma comissão para apurar a legalidade do processo eleitoral. Freire Gomes disse à PF que ele e o brigadeiro Baptista Júnior afirmaram de forma contundente que eram contrários ao conteúdo do decreto e que Bolsonaro não teria suporte jurídico para tomar qualquer atitude. Freire Gomes afirmou que, pelo que se recorda, o almirante Garnier, ex-comandante da Marinha, teria se colocado à disposição do presidente da República. O general também relatou um encontro no dia 14 de dezembro de 2022, no Ministério da Defesa, entre o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e os três chefes das Forças. Segundo ele, as medidas golpistas foram o tema da reunião. O general Freire Gomes afirmou que houve uma tentativa de convencer a cúpula das Forças Armadas a aderir ao plano de golpe de Estado; que ele avisou ao então presidente Jair Bolsonaro que a trama golpista poderia levar a uma responsabilização penal; e que não haveria chance de reverter o resultado das eleições. Indagado se, em alguma reunião com o então presidente Jair Bolsonaro, Freire Gomes deixou claro que nenhum instituto jurídico que decretasse serviria para mantê-lo no poder após o término de seu mandato, o general respondeu que sempre externou ao então presidente da República, nas condições apresentadas, que do ponto de vista militar, não haveria possibilidade de reverter o resultado das eleições. O ex-comandante do Exército também disse que foi alvo de ataques pessoais após se recusar a participar da trama. Até depor à PF, o general Freire Gomes não havia denunciado às autoridades as tratativas golpistas das reuniões. O depoimento dele é considerado pelos investigadores uma das peças-chave da investigação que envolve o ex-presidente, ministros e integrantes da alta cúpula militar do governo dele. A defesa de Felipe Martins afirmou que ele nunca redigiu ou auxiliou na redação de qualquer documento que determinasse um golpe de Estado ou a prisão ilegal de autoridades constituídas; que ele não integrava núcleo jurídico de qualquer organização criminosa que tivesse por objetivo subverter ilegitimamente o resultado eleitoral; que tão somente praticou atos lícitos e regulares e que condiziam com sua função. LEIA TAMBÉM Moraes retira sigilo dos depoimentos de Bolsonaro, Braga Netto e ministros em inquérito sobre tentativa de golpe de EstadoEx-comandante da Aeronáutica diz à PF que Bolsonaro foi avisado que poderia ser preso se insistisse em plano golpistaBolsonaro e aliados condicionam apoio nas sucessões da Câmara e do Senado a anistia em caso de condenação
15/03/2024 (00:00)
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